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Mais uma vez a NFL viu jogadores protestarem durante o hino nacional norte-americano. Antes da vitória por 10 a 6 do Cleveland Browns sobre o New York Giants, pela segunda semana da pré-temporada, 11 jogadores do time de Ohio se ajoelharam em círculo fazendo uma oração. A diferença é que, desta vez, havia um jogador branco entre eles.

Após Chris Long ter demonstrado apoio ao ato de Malcolm Jenkins antes de um jogo do Philadelphia Eagles, o tight end Seth DeValve foi adiante, e ajoelhou-se junto com o grupo, de costas para o gramado. O kicker Britton Colquitt, também branco, também participou do protesto, mas ficou em pé, com a mão nas costas de outro atleta.

Após a partida, o jogador fez questão de afirmar que ama o país e seu hino nacional, e disse acreditar que os Estados Unidos "são o maior país do mundo" apesar de suas desigualdades.

"O problema é que ele não oferece oportunidades iguais para todos, e eu quis apoiar meus companheiros de time afro-americanos que hoje quiseram se ajoelhar. Queremos chamar atenção para o fato de que há coisas no país que ainda precisam de mudança", declarou DeValve.

O jogador é casado com uma mulher negra e afirmou ter aproveitado a execução do hino nacional para orar ao lado de seus companheiros, esperando por uma situação melhor para criar seus filhos. "Eu tenho filhos que não se parecem comigo, e quero fazer minha parte, tudo o que eu puder, para criá-los em um ambiente melhor do que temos hoje", disse.

Na última semana, Michael Bennett, do Seattle Seahawks, chamou os jogadores brancos para também demonstraram apoio à causa iniciada no ano passado por Colin Kaepernick, que segue sem ter um time para jogar.

"Eu queria ter um jogador branco (no protesto) para que as coisas realmente mudem, pois quando alguém do outro lado entende e dá um passo afrente e fala sobre o assunto, isso mudaria toda a conversa", disse Bennett.

O Cleveland Browns lançou comunicado por meio de sua assessoria após o protesto, dizendo que, como organização, existe respeito ao hino nacional, à bandeira, e aos militares do país, mas também o apoio ao direito de protesto de cada um.

"Sentimos que é importante para nosso time participar desta grande tradição e momento especial de reconhecimento, ao mesmo tempo em que também respeitamos as grandes liberdades garantidas por nosso país, incluindo a liberdade de expressão", diz o comunicado.