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Nesta segunda-feira, às 22h30 (de Brasília), o Philadelphia Eagles enfrenta o rival Washington Redskins, buscando manter a liderança da NFC Leste e confirmar a grande fase que vive no começo da temporada.

Com campanha de 5 vitórias e apenas uma derrota – para os Chiefs, na semana 2 – a equipe da Filadélfia terá em campo um jogador atuando de graça. Isso mesmo, na bilionária liga, um atleta passará a temporada regular sem descontar um cheque sequer.

Trata-se do defensor Chris Long, que havia doado os salários dos seis primeiros jogos, e agora resolveu abrir mão das dez semanas seguintes por uma causa nobre.

Campeão do Super Bowl LI defendendo o New England Patriots, Long está usando o salário de US$ 1 milhão (R$ 3,19 milhões) para investir na educação de jovens.

"Minha esposa e eu somos apaixonados por educação, sendo este o caminho para o crescimento e igualdade", disse o jogador à Associated Press.

"Penso que podemos concorda que igualdade na educação ajuda em mudanças efetivas em tudo que queremos ver neste país", completou.

Long é natural de Charlottesville, no estado da Virgínia. A cidade ficou conhecida neste ano por ter sido palco de uma manifestação que terminou no conflito entre supremacistas brancos e grupos antirracismo, resultando em três mortos.

Foi este acontecimento o estopim para o jogador resolver abrir mão de seus pagamentos e tentar mudar a cidade. No começo, ele usou o que receberia nas seis primeiras semanas para sustentar duas crianças em sua antiga escola, a St.Anne’s-Belfield School.

"Em agosto, assistimos as pessoas preencherem as ruas de nossa cidade com ódio e fanatismo. Megan (sua esposa) e eu decidimos tentar combater essas ações com nosso próprio investimento", disse na época.

"Nossa cidade natal é um lugar maravilhoso e eu sinto que as pessoas ficaram com a impressão errada sobre como são os cidadãos de Charlottesville", afirmou.

O valor das dez outras semanas será usado para lançar a campanha Pledge 10 for Tomorrow, algo como Comprometendo 10 para o Futuro, em livre tradução. A ideia é encorajar pessoas a fazerem doações para promover a igualdade na educação das crianças.

O jogador começou sua carreira no St.Louis Rams, depois passou pelos Patriots e agora está nos Eagles. Ele escolheu organizações das cidades por qual passou para o projeto. A cidade que arrecadar mais dinheiro durante a temporada receberá um bônus de US$ 50 mil (R$ 159, 49 mil).

"Existem várias oportunidades para ajudar e são organizações maravilhosas. Temos uma grande plataforma como jogadores de futebol americano e espero que os fãs nos apoiem", disse.